"Pesquisadores da Universidade de Oklahoma (EUA), demonstram que além da diferenciação sexual, o estrogênio, principal deles, é essencial às funções auditivas. Segundo o neurocientista brasileiro Raphael Pinaud, chefe do estudo publicado no “Journal of Neuroscience’’, a ligação de problemas auditivos com a síndrome de Turner - doença genética causada pela ausência de um cromossomo feminino - e com a menopausa ajudou a nortear a pesquisa. “Todos achavam que a perda hormonal e a auditiva, apesar de ocorrerem simultaneamente, não estavam diretamente ligadas. Percebemos que a perda auditiva pode ser diretamente causada pela perda hormonal. Mas isso não significa que as mulheres escutem melhor que os homens. As fêmeas têm níveis muito mais altos de estrogênio do que os machos, mas isso só vale perifericamente. No cérebro, onde é produzido o estrogênio que controla a função auditiva, os níveis são idênticos." Na foto: Lisa Tremere, Jin Jeong e Raphael Pinaud - Credit: Richard Baker.
Minha tese de doutorado busca entender o efeito dos hormônios sexuais femininos na infecção pelo HPV, então fui correndo ler um pouquinho mais sobre o assunto.
Fiquei bem interessada (1º) porque o chefe das pesquisas é um brasileiro que está se destacando em
NY, (2º) porque o assunto hormônios está virando uma paixão pessoal, (3º) porque eu amo associações loucas do tipo hormônio sexual e audição, oi?
Em uma busca rápida no pubmed, vi que grupo do Pinaud vem publicando bastante na área (
2009,
2010 e
2011). Seu trabalho é estruturado em um estudo com
pássaros estimulados auditivamente após administração hormonal intracerebral e posterior análise neurofisiológica.
O trabalho parece muito interessante, mas é importante lembrar que nem sempre nossos "achismos" são verdades. Para algo se tornar verdade científica, leva tempo. Você joga sua teoria para o mundo e ela tem a chance de ser comprovada pela sociedade ou rejeitada. É assim que o conhecimento vai se formando. Acumulando.
Me permitam fazer uma brincadeira, sem desmerecer o trabalho do Pinaud, lógico. Porque também acho que toda idéia brilhante, quando contada inicialmente parece loucura, misticismos, etc.
A piadinha é a história de uma pesquisa feita por um cientista: o da aranha. É assim:
O cientista solta uma aranha e fala: - Aranha, anda!
E a aranha anda...
O cara pega a aranha, arranca uma das pernas e a solta novamente. De novo, ele fala: - Aranha, anda!
E a aranha anda...Anota no seu caderno de protocolos as variáveis modificadas e continua.
O cara pega novamente a aranha, arranca outra das pernas e a solta novamente. E, de novo, fala: - Aranha, anda!
E a aranha anda... Anota em seu caderno que a aranha continua viva, aparentemente não apresenta dor e continua o experimento. E assim continua até arrancar a última das pernas da aranha...
Quando a solta pela última vez, fala: - Aranha, anda!
E a aranha não anda! Ele fala mais alto: - Aranha, anda!
E a aranha não anda! Modifica o tempo da fala, pede para outras pessoas falarem, fala de perto, de longe, de todo jeito. E nada da aranha andar.
Conclusão da experiência?
A aranha sem as pernas fica môca! (ou desobediente!).
Crédito: gordonerd.com
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